Antiguidade Clássica
A Antiguidade Clássica refere-se a um período da História da Europa que ocorre aproximadamente do século VIII a.C., quando surge a poesia grega de Homero, até a queda do Império romano do ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476. O que diferencia esta época de outras anteriores ou posteriores são os fatores culturais das civilizações mais marcantes, a Roma e a Grécia antigas.Roma
Roma foi o último grande império do mundo antigo. Com exércitos poderosos dominou terras que antes pertenciam a gregos, egípcios, mesopotâmios, persas e muitos outros povos.
Com quase 1 milhão de
habitantes. Roma transformou-se na maior cidade da Antiguidade. Para lá
se dirigiam pessoas dos lugares mais distantes, levando suas culturas.
O poder do império construído pelos romanos era tão grande que acabou se tornando uma referência para todo o mundo ocidental, mesmo séculos depois de ter chegado ao seu final.
Origem de Roma : explicação mitológica
Os romanos explicavam a
origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a
mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália.
Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente
por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba
Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

Origem de Roma: explicação histórica
De acordo com
os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos
que foram habitar a região da península itálica : gregos, etruscos e
italiotas.
Desenvolveram na região uma
economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade,
nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de
terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era
politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes
diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais
decorativos e esculturas com influências gregas.
Localização
Roma é capital da Itália, país europeu
localizado em uma das penínsulas do Mar Mediterrâneo. Trata-se da
Península Itálica, situada na cordilheira dos Alpes e banhada pelos
mares Adriático, Tirreno e Jônico.

Os períodos da história de Roma
A história de Roma é dividida em três momentos:- Monárquico (753-509 a.C.);
- Republicano (507-27 a.C.);
- Imperial (27 a.C. – 476 d.C.).
Período Monárquico: o domínio etrusco
Muitas das informações sobre
o período Monárquico fundamentam-se nas lendas contadas pelos romanos.
Nessa época, a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes
origens; os últimos de origens etrusca, devem ter dominado a cidade por
cerca de cem anos.
Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.
Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada:Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.
- Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado.
- Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos.
- Clientes: eram homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente um patrício de posses.
- Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito civil ou político.
O último rei
etrusco foi Tarqüínio, o Soberbo. Ele foi deposto em 509 a.C.,
provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor
dos plebeus.
No lugar de Tarqüínio, os
patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules. Com
isso, terminava o período Monárquico e tinha inicio o período
Republicano.
Período Republicano
República é uma palavra de origem latina
e significa “coisa pública”. Durante a passagem da monarquia para a
república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as
instituições políticas. Concentrando o poder religioso, político e a
justiça, eles exerciam o governo procurando se beneficiar.
Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército.
Organização política e social na república
Na república, o poder que antes era
exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o
cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos,
responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos.
Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as
leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.

Reprodução de uma sessão do Senado romano
À medida que Roma cresceu e
se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se
acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os
patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.)
Durante esses dois séculos, os
plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus
próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus.
Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo.
Os plebeus conquistaram ainda a
igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e
plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes
para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa,
com o direito de exercer funções sacerdotais.
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