terça-feira, 13 de maio de 2014

Guerra do Yom Kippur e a Crise do Petróleo

                 Guerra do Yom Kippur e a Crise do Petróleo

Parte de tanque utilizado na Guerra do Yom Kippr, nas Colinas de Golã.* Parte de tanque utilizado na Guerra do Yom Kippr, nas Colinas de Golã.*

Dentre os vários conflitos ocorridos entre árabes e israelenses está a Guerra do Yom Kippur, que durou cerca de 20 dias no mês de outubro de 1973. O nome dessa guerra está relacionado ao feriado judaico do Dia do Perdão – Yom Kippur, em hebraico. Aproveitando das comemorações judaicas e de falhas no sistema de inteligência do exército israelense, Egito e Síria atacaram simultaneamente Israel em 06 de outubro de 1973.
O motivo principal da Guerra do Yom Kippur foi a anexação de territórios sírios e egípcios por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em julho de 1967. Esses territórios eram a Península do Sinai, uma parte do Canal de Suez, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã.
O ataque pegou as forças militares israelenses de surpresa, já que não acreditavam em um ataque por parte dos árabes, principalmente após a fulminante vitória israelense na Guerra dos Seis Dias. Além da soberba dos militares israelenses, houve falhas no sistema de inteligência militar em decorrência, principalmente, do fato de o principal informante israelense ser Ashraf Marwan, filho do ex-presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, o que teria retardado as informações sobre as movimentações das tropas sírias e egípcias.
O exército do Egito chegou a adentrar 15 quilômetros em território controlado por Israel, na Península do Sinai. Os israelenses sofreram importantes baixas nos confrontos que ocorreram ao longo do Canal de Suez. Entretanto, a contraofensiva israelense deteve os egípcios e adentrou em território sírio, atingindo a capital do país, Damasco.
O conflito terminou cerca de vinte dias depois de iniciado, em virtude, principalmente, da intervenção dos Estados Unidos, ONU e União Soviética pela realização de um cessar-fogo. A União Soviética chegou a ameaçar entrar no conflito a favor do aliado sírio. Apesar do acordo, Israel não devolveu os territórios que havia ocupado em 1967.
A Guerra do Yom Kippur gerou consequências importantes. Uma delas foi o boicote dos países árabes produtores de petróleo e membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aos países que apoiaram Israel. Com a restrição da venda, os preços do barril de petróleo subiram rapidamente, derrubando bolsas de valores e contribuindo para o desenvolvimento de uma crise no capitalismo, conhecida como a Crise do Petróleo.
Por outro lado, a guerra deu visibilidade internacional à Questão Palestina, levando ao mundo informações sobre as centenas de milhares de palestinos expulsos de suas terras. Tal situação fortaleceu ainda o papel político de Yasser Arafat e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que foi reconhecida como membro observador na ONU

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